12 Ago, 2007 - Por Agência EFE - Por Omar Segura
Os movimentos do olhar de uma pessoa dão pistas sobre o que acontece em sua mente.
Nossos olhos, esses complexos e portentosos órgãos da visão, capazes de detectar a luz e suas mudanças, transformando-a em impulsos elétricos que chegam ao cérebro, permitem tanto que vejamos o mundo a nossa volta como que mergulhemos em nosso próprio interior, já que refletem os “vai-véns” de nossa mente, segundo estudos recentes.
Além disso, os olhos exercem uma poderosa influência na pessoa que é olhada, de acordo com um curioso trabalho de pesquisadores da Universidade de Newcastle, no Reino Unido. Em um experimento, especialistas registraram quanto dinheiro as pessoas pagavam por uma bebida em uma "caixa de honestidade" no restaurante do centro de ensino. Eles descobriram que aqueles que se sentem vigiados agem com mais honestidades, mesmo que os olhos que os observem não sejam verdadeiros.
Os pesquisadores constataram que os consumidores pagavam até três vezes mais quando a caixa era colocada debaixo de um anúncio que mostrava a imagem de um par de olhos, os quais não eram ameaçadores, que quando a mesma caixa era posicionada debaixo de um cartaz com flores.
Aparentemente, "o cérebro responde de forma distinta a imagens de olhos e rostos porque a pessoa se sente vigiada", segundo o psicólogo Daniel Nettle, da equipe de cientistas. Para esses especialistas, "os olhos provocam estímulos no cérebro que mudam a conduta das pessoas".
Os pesquisadores acham que a imagem dos olhos pode afetar a percepção das pessoas, fazendo-as sentir que alguém observa o que elas fazem. Mesmo que os olhos sejam uma fotocópia em preto e branco, o cérebro processa rostos e olhos no nível do subconsciente, estimulando a sensação de que se está sendo vigiado.
Depressão à vista
Segundo outro estudo, centrado nas zonas posteriores do cérebro e realizado pelo Instituto Rafael Coullaut de Psiquiatria e a Universidade Complutense de Madri, quanto mais um paciente depressivo demora a responder a um estímulo visual, maior é a gravidade dos sintomas de sua depressão.
A confirmação de que aqueles que sofrem de depressão também sofrem de um atraso na resposta ao estímulo visual foi o resultado de estudos do lóbulo ocipital do cérebro efetuados com 40 pessoas de 30 a 60 anos de idade, das quais 19 eram depressivas e 21 não tinham doença mental alguma.
Para chegar a essa conclusão, foram feitas medições da atividade cerebral dos voluntários gerada por vários tipos de estimulação psicológica. As oscilações eram detectadas por meio de uma técnica que registra as mudanças na atividade elétrica do sistema nervoso, com a ajuda de eletrodos colocados na pele ou na cabeça.
O olho que tudo vê
Por outro lado, descobriu-se que o olhar pode oferecer dados valiosos sobre o processo cognitivo da pessoa que observa, graças à tecnologia conhecida como "eye-tracking", que registra os deslocamentos da vista de uma pessoa. Esse é útil, segundo os cientistas, para a análise dos processos de seleção e de aprendizagem das pessoas.
Especialistas da Universidade Técnica Joanneum de Graz, na Alemanha, estão desenvolvendo um sistema didático multimídia baseado na análise digital do olhar, o qual se adapta aos costumes do usuário e extrai conclusões do movimento de seus olhos, indicando se a pessoa analisada prefere informações em forma de imagens ou textos. A partir daí, e profissionais de ensino podem passar conhecimento de forma mais eficaz.
Os cientistas trabalham há anos com o sistema "eye-tracking", um programa de informática utilizado até agora para analisar a percepção de mensagens publicitárias ou de web sites. Os movimentos do olhar são registrados com uma câmera. A partir das imagens, é feito um gráfico, a partir do qual os processos de seleção e aprendizagem alheios ao controle da consciência são analisados.
Os movimentos do olhar de uma pessoa dão pistas sobre o que acontece em sua mente.
Nossos olhos, esses complexos e portentosos órgãos da visão, capazes de detectar a luz e suas mudanças, transformando-a em impulsos elétricos que chegam ao cérebro, permitem tanto que vejamos o mundo a nossa volta como que mergulhemos em nosso próprio interior, já que refletem os “vai-véns” de nossa mente, segundo estudos recentes.
Além disso, os olhos exercem uma poderosa influência na pessoa que é olhada, de acordo com um curioso trabalho de pesquisadores da Universidade de Newcastle, no Reino Unido. Em um experimento, especialistas registraram quanto dinheiro as pessoas pagavam por uma bebida em uma "caixa de honestidade" no restaurante do centro de ensino. Eles descobriram que aqueles que se sentem vigiados agem com mais honestidades, mesmo que os olhos que os observem não sejam verdadeiros.
Os pesquisadores constataram que os consumidores pagavam até três vezes mais quando a caixa era colocada debaixo de um anúncio que mostrava a imagem de um par de olhos, os quais não eram ameaçadores, que quando a mesma caixa era posicionada debaixo de um cartaz com flores.
Aparentemente, "o cérebro responde de forma distinta a imagens de olhos e rostos porque a pessoa se sente vigiada", segundo o psicólogo Daniel Nettle, da equipe de cientistas. Para esses especialistas, "os olhos provocam estímulos no cérebro que mudam a conduta das pessoas".
Os pesquisadores acham que a imagem dos olhos pode afetar a percepção das pessoas, fazendo-as sentir que alguém observa o que elas fazem. Mesmo que os olhos sejam uma fotocópia em preto e branco, o cérebro processa rostos e olhos no nível do subconsciente, estimulando a sensação de que se está sendo vigiado.
Depressão à vista
Segundo outro estudo, centrado nas zonas posteriores do cérebro e realizado pelo Instituto Rafael Coullaut de Psiquiatria e a Universidade Complutense de Madri, quanto mais um paciente depressivo demora a responder a um estímulo visual, maior é a gravidade dos sintomas de sua depressão.
A confirmação de que aqueles que sofrem de depressão também sofrem de um atraso na resposta ao estímulo visual foi o resultado de estudos do lóbulo ocipital do cérebro efetuados com 40 pessoas de 30 a 60 anos de idade, das quais 19 eram depressivas e 21 não tinham doença mental alguma.
Para chegar a essa conclusão, foram feitas medições da atividade cerebral dos voluntários gerada por vários tipos de estimulação psicológica. As oscilações eram detectadas por meio de uma técnica que registra as mudanças na atividade elétrica do sistema nervoso, com a ajuda de eletrodos colocados na pele ou na cabeça.
O olho que tudo vê
Por outro lado, descobriu-se que o olhar pode oferecer dados valiosos sobre o processo cognitivo da pessoa que observa, graças à tecnologia conhecida como "eye-tracking", que registra os deslocamentos da vista de uma pessoa. Esse é útil, segundo os cientistas, para a análise dos processos de seleção e de aprendizagem das pessoas.
Especialistas da Universidade Técnica Joanneum de Graz, na Alemanha, estão desenvolvendo um sistema didático multimídia baseado na análise digital do olhar, o qual se adapta aos costumes do usuário e extrai conclusões do movimento de seus olhos, indicando se a pessoa analisada prefere informações em forma de imagens ou textos. A partir daí, e profissionais de ensino podem passar conhecimento de forma mais eficaz.
Os cientistas trabalham há anos com o sistema "eye-tracking", um programa de informática utilizado até agora para analisar a percepção de mensagens publicitárias ou de web sites. Os movimentos do olhar são registrados com uma câmera. A partir das imagens, é feito um gráfico, a partir do qual os processos de seleção e aprendizagem alheios ao controle da consciência são analisados.
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