Centenário da Poetisa Paranaense
“Quem, entre os jovens, acreditará que fomos
jovens também?”.
A pequena estrofe que encerra o poema “Levam o Amanhecer”, da
curitibana de sangue ucraniano Helena Kolody, parece antever a percepção de
seus leitores sobre sua pessoa.
Assim como o gaúcho Mário Quintana, por vezes
considerado seu equivalente, pela candura de seus textos, Helena passa a
impressão de ter sido a vida toda a simpática e doce senhorinha que arregimentava
admiradores por onde passava.
“Seus olhos transparentes e seu sorriso largo
atraíam as pessoas como a um ímã”, lembra a escritora Adélia Maria Woellner,
que conviveu com Helena desde a década de 1980, quando a “padroeira da poesia
em Curitiba”, como escreveu o colega Paulo Leminski, ingressou na Academia
Paranaense de Letras, até seu falecimento, em 2004.
(Gazeta do Povo)