Simples Quântica
Simples como um passo atrás do outro.
Que aos poucos se aprazia planeta de admirável amplidão,
Subindo e descendo montanhas,
Aguando e sussurrando descanso ente o rio e o mar,
Avistando continentes estáticos e lentos,
Que sempre estiveram ali te esperando sem saber.
Mas Ser mutante sob as lavas de teu quente amanhecer!
Simples como ajustar a parelha dos cavalos
E recostados na madeira da charrete
Visando deslocar-se mais ao longe
Chegar aonde a intrepidez te possa e te leve
Sob patas de cavalos rápidos ou lerdos
Dependendo da mão de tua rédea intenção
Simples como um trem de Maria fumaça
Deslizada sob trilhos bem postados
Chicoteados sobre o lombo de um homem animal
Que tinha como meta uma vasilha de comida
Que fortificasse as mãos, que carregavam guias
E como guias, preparando a via de levar
Aos lugares mais longínquos
E de horizonte meio obliquo e de miragem conclusão
Simples como um baú de quinquilharias
Cheio de fotografias da família feliz
Imagens gostosas e tremidas em mãos cansadas
Passeios nas praias próximas ou lunares contradições
Exposições de corpos ajeitados, tendo ao fundo o mundo que se quis
Começada numa lente de imagem
Que ficará guardada no baú de quinquilharias
Simples como ligar teu carro a gasolina
Com os cavalos que o dinheiro possa comprar
E possa te levar a uma casa de parentes
Ou que possa ta achar sob ferragens retorcidas
Ou que possa te trazer livre e saudoso
Sobre o asfalto alisado pra conforto de guiar
Entre as placas que te avisam a próxima curva
Ou a próxima reta pra que voltes a voltar
Simples como viajar com um foguete que te leve até a Lua
Ainda virgem enquanto não pisasses no deserto deste lado bem visível
Que era quase inatingível e que eu amava com imaginado prazer
Mas lá plantaste uma bandeira azul e bem vermelha pincelada de estrelas
Simples pano projetando as parcas e mecanicistas peças imaginadas por você
E quando lá chegado, olhos fracos de extasiante estrada a percorrer
E não achastes trilhos e nem braços de apurada técnica
Simplesmente ficaste ali, ao sabor sem vento e pensando.
O que fazer!?
Simples como a nave de asas com foguetes
Que inventaste para o necessário deslocamento com retorno
Objeto com defeitos não pensados e arrumados
Sem que antes muitos destes naufragados
Como as naus dos pilotos do passado
Guiados pelas mesmas estrelas, que agora olhas mais de perto
Mas inda longe muito longe de compreenderes.
Ó ser esperto!?
Simples como a relativa teoria, saída de mente já desperta
Captando e projetando em quadro negro
As energias que os Deuses muito antes dispuseram
Mas cegueira de ilusão regimentada e alimentada em “berço esplêndido”
Quis destino que descobristes entre guerras de rancor
Trucidando o inimigo que estava e inda vive em tua alma
Ó ser insigne, protegendo o terreno como água no deserto
Simples como todas as teorias, que orgulhas ser de tua cabeça origem
Animal de rara espécie, que andaste longe, mas carregando a picareta
Que ainda abre muitas valas, para o pútrido corpo enterrar
Que inda sorve muitas larvas da sujeira de teu dorso
Corvo ágil e passadiço, escorregando em tua lábia
Águia de bico recomeço, meio avesso aos conselhos de teu Pai (Ele).
Mas lá das trevas, ainda vem imensa luz
Pois olhastes em teu umbigo e descobriste átoma célula
Em respostas que há muito já postadas em teu colo ignorante
Aluno, meu aluno! Quanto amor ainda tenho que te dar
Para que entendas que este mundo é celular
Que este planeta de tamanha pequenez, nada fez
Para que tuas sujas mãos lhe matasse em proveito próprio
Quanto ódio vem jorrando de tua boca, com dentes de carne de comer?
Matando o corpo de muitos dos meus filhos
E dizendo ser em meu nome!? É teu “prazer”!
Simples como os Irmãos que Te mandei
Com missão de esclarecer e eliminar as amplas dualidades
Mas graças à tecnologia que inventaste, muitas aves sobrevoam lindo céu
Desabrochando lindas flores com o cheiro da verdade
E de tantas, mas de tantas ambiguidades, enfim nasceste
Para plantar em poucos seres a imensa e santa singularidade
E que hoje compreende em livre arbítrio, amor complexo, como dizes!
Simples, como os séculos recomeços,
Em nova terra que lhe dei para os teus erros compensar
Pois Amar, não é uma simples palavra, como queres entender
Ela é ritma unidade e imensa no universo que ainda pulsa
Desde teu corpo de animal estupefato até o nirvana
Que nada mais é do que outro patamar.
Simples como a Física Quântica de quantidade incomensurável
Sede insaciável, mas de educada espiadela que eu lhe pude agora dar
Energia que perceberás bem simples, como as plantas de plantar
Em patamares tão longínquos e ao mesmo tempo bem juntinhos
Dos teus olhos de escrever e bem embaixo da planta de teus pés
Simplesmente as tome como um aumento de salário
Dádiva oriunda das escolas de intrigante recomeço
Como se fosse uma iniciática amante saciada em educar
E te abrir energias tão pequenas, pois não podias enxergar
Plasma que de tanta alegoria te fará um dia vislumbrar,
Um Amor tão imenso e que agora Te presenteio em pequena fagulha
Parte de uma Quântica universal, que ainda não podes perceber
Mas fique firme, muito firme nas coisas que te revelo
Pois sei que um dia deixará de acreditar como criança na Fé cega
E que há muito vem cegando, mas foi mensagem de Mãe e de Pai palavra,
Ou a palavra que Eu podia naqueles dias revelar!
Sérgio Corrêa – 10/10/2010.
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