Proponha-se uma mudança
É hora de mudar.
Dizem que a vida é feita de ciclos, todos com início e fim. Deveríamos nos tornar melhores seres humanos a cada ciclo vivido, mas muitas vezes isto não acontece, pois não nos parece simples.
Mudar é tornar situações, pensamentos, modos de olhar, agir, viver diferentes.
Muitos deixam de traçar novas metas, sonhar novos planos, realizar novos sonhos, pois têm medo de mudar. São receosos em seguir em frente ou mesmo fazer diferente, deixar uma situação cômoda para buscar novos desafios no campo profissional, pessoal, social, ambiental.
Mudar exige cortes, mas a compensação destes cortes vale a pena, visto que, estas mudanças serão tomadas para uma vida mais consciente. Isto não significa desvalorizar o que foi vivido ou esquecer valores adquiridos em outros momentos.
Amadurecer questões inacabadas dentro de nós, acertar arrestas, arrancar mágoas é como arrancar um cigarro de um viciado há vários anos: díficil, porém estaremos arrancando o mal pela raiz. A cicatriz permanece, mas ainda assim é uma cicatriz, não uma ferida aberta. Tentar, ao máximo , deletar antigos pensamentos que trazem dor e preservar aqueles que são exemplos de bondade.
O primeiro passo para mudar é saber que não se muda alguém. Muda-se a si mesmo.
A parábola a seguir adaptada do livro “O Vendedor de Sonhos – O Chamado” – Augusto Cury, mostra-nos que, as vezes, precisamos apenas seguir a nossa essência para conseguir seguir em frente.
Duas lagartas teceram cada uma seu casulo. Naquele ambiente protegido foram transformadas em belíssimas borboletas. Quando estavam prestes a sair e voarem livremente, vieram as ponderações.
Uma borboleta, sentindo-se frágil, pensou consigo: “A vida lá fora tem muitos perigos. Poderei ser comida por um pássaro. Mesmo se um predador não me atacar, poderei sofrer com tempestades. Um raio poderá me atingir. As chuvas poderão colabar minhas asas, levando-me a tomabar no chão. Além disto, a primavera está acabando, e se faltar o néctar? Quem irá me socorrer?”
Os riscos de fato eram muitos, e a pequena borboleta tinha suas razões. Amedrontada resolveu não partir. Ficou no seu protegido casulo, mas como não tinha mais como sobreviver, morreu desnutrida, desidratada e, pior ainda, enclasurada pelo mundo que tecera.
A outra borboleta também ficou apreensiva; tinha medo do mundo lá fora, sabia que muitas borboletas não duravam mais que um dia fora do casulo, mas amou a liberdade mais do que os acidentes que viriam. E assim, partiu. Voou em direção a todos os perigos. Não para enfrentá-los, porém preferiu ser uma caminhante em busca da única coisa que determinava sua essência.
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