... é uma forma encontrada para compartilhar a visão que faço do mundo, das pessoas e das coisas a minha volta, e principalmente, da tentativa de se resgatar a energia vital que cada um tem dentro de si, a fim de que possamos construir a vida, com inspirações que mobilize em cada um a coragem de experimentar, de se motivar a viver com paixão e determinação os projetos de vida!
Por oposição aos gerontologistas, que analisam a velhice como um processo biológico, eu estou interessado na velhice como um acontecimento estético.
A velhice tem a sua beleza, que é a beleza do crepúsculo.
A juventude eterna, que é o padrão estético dominante em nossa sociedade, pertence à estética das manhãs.
As manhãs têm uma beleza única, que lhes é própria.
Mas o crepúsculo tem um outro tipo de beleza, totalmente diferente da beleza das manhãs.
A beleza do crepúsculo é tranquila, silenciosa – talvez solitária.
No crepúsculo tomamos consciência do tempo.
Nas manhãs o céu é como um mar azul, imóvel.
No crepúsculo as cores se põem em movimento: o azul vira verde, o verde vira amarelo, a amarelo vira abóbora, o abóbora vira vermelho, o vermelho vira roxo – tudo rapidamente.
Ao sentir a passagem do tempo nós apercebemos que é preciso viver o momento intensamente.
Tempus fugit – o tempo foge – portanto, carpe diem – colha o dia.
No crepúsculo sabemos que a noite está chegando.
Na velhice sabemos que a morte está chegando.
E isso nos torna mais sábios e nos faz degustar cada momento como uma alegria única.
Quem sabe que está vivendo a despedida olha para a vida com olhos mais ternos...
(Trecho extraido do texto Quarto de badulaques (XV) publicado no Correio Popular, 29/09/2002).
Ao longo da breve caminhada que fazemos, realizamos encontros e reencontros... Muita vezes não percebemos aqueles que cruzam nosso caminho... Muitas vezes esquecemos de que um dia já amamos e que continuaremos a amar... sempre, o amor, só o amor tem a possibilidade de nos levar à evolução! com o meu carinho de sempre, Leilah.
No dia 03 de agosto se comemora todos os profissionais que dominam a técnica do tingimento, da lã, juta, algodão, seda etc. Essa arte é tão antiga quanto a humanidade, acredita-se que foi descoberta por acaso, talvez, por causa de alguma mancha acidental.
O certo é que a possibilidade de alterar as cores e brincar com seus matizes sempre aguçou a criatividade do ser humano. No Egito, há mais de seis mil anos antes de Cristo, as roupas tingidas pelas cores vibrantes eram privilégios dos faraós e sacerdotes, estabelecendo uma divisão de castas sociais.
As mulheres e homens usavam pinturas no rosto e nos cabelos, extraídas de raízes e cascas de árvores, misturadas com óleos e gorduras especiais que lhes davam consistência e durabilidade. Essas técnicas foram difundidas pelas margens do Nilo e ultrapassaram as fronteiras do continente, se mesclaram com às já conhecidas pelos outros nativos e assim foram disseminadas por todos os povos do mundo.
Sabemos também que através das combinações das cores e tipos de técnicas de tinturaria são reconhecias muitas civilizações e suas etnias. Esse dia foi escolhido para comemorar os tintureiros por ser o dia de sua padroeira, Santa Lídia, canonizada pelo papa Baronio em 1607. Ela foi uma das primeiras cristãs na Europa. Judia comerciante de púrpura, converteu-se ao cristianismo, batizada por São Paulo. Sua cidade, Tiatira, na Ásia, se notabilizou pelos famosos tecidos de púrpura e pela indústria de tinta de fios.
A evolução da humanidade trouxe modernidade às técnicas que foram adaptadas à novos processos industriais. A partir do início deste século, devido a maior facilidade, tempo e menor custo no tingimento químico, foram introduzidos os corantes sintéticos, que praticamente substituíram os tingimentos com corantes naturais.
Os profissionais técnicos das várias seções produtivas da indústria da tinturaria são: encarregados, quadros médios, chefes-de-turno e técnicos de laboratório. Têm formação acadêmica, com conhecimentos específicos e complementares na área de tinturaria de fio, aprofundando conceitos que lhes permitem relacionar o tipo de bobinagem, maquinaria utilizada e processo de tingimento com a fibra a tingir.
Atualmente o processo industrial de tingimento é oferecido pelas compactas "Lavanderias/Tinturarias" que reciclam roupas usadas e à preços acessíveis à população. Nesse caso o tingimento é feito através de sistema moderno com máquinas desenvolvidas especialmente para este fim, oferecendo um resultado de alta qualidade e confiabilidade. No caso do jeans, por exemplo, após um processo especial, ele poderá receber uma das trinta cores do mostruário que a pessoa pode optar.
O resultado final é de uma peça impecável de visual novo e a um preço até cinco vezes menor de um jeans novo de marca. Os donos desses pequenos estabelecimentos são os vanguardistas dos primeiros tintureiros, e recebem as homenagens hoje também.