... é uma forma encontrada para compartilhar a visão que faço do mundo, das pessoas e das coisas a minha volta, e principalmente, da tentativa de se resgatar a energia vital que cada um tem dentro de si, a fim de que possamos construir a vida, com inspirações que mobilize em cada um a coragem de experimentar, de se motivar a viver com paixão e determinação os projetos de vida!
sábado, 31 de março de 2007
Refletindo...
É preciso agir!
Um dia vieram e levaram meu vizinho que era judeu.
Como não sou judeu, não me incomodei.
No dia seguinte,
vieram e levaram meu outro vizinho que era comunista.
Como não sou comunista, não me incomodei.
No terceiro dia vieram e levaram meu vizinho católico.
Como não sou católico, não me incomodei.
No quarto dia, vieram e me levaram;
já não havia mais ninguém para reclamar..."
Martin Niemöller, 1933,
símbolo da resistência aos nazistas.
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Parodiando o pastor protestante Martin Niemöller,
símbolo da resistência nazista:
"Primeiro eles roubaram nos sinais, mas não fui eu a vítima,
Depois incendiaram os ônibus, mas eu não estava neles;
Depois fecharam ruas, onde não moro;
Fecharam então o portão da favela, que não habito;
Em seguida arrastaram até a morte uma criança,
que não era meu filho..."
Claudio Humberto, 09/02/2007
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Primeiro levaram os negros
Mas não me importei com isso
Eu não era negro
Em seguida levaram alguns operários
Mas não me importei com isso
Eu também não era operário
Depois prenderam os miseráveis
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou miserável
Depois agarraram uns desempregados
Mas como tenho meu emprego
Também não me importei
Agora estão me levando
Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo.
É PRECISO AGIR
Bertold Brecht (1898-1956)
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Mas o primeiro deles, foi Maiakovisky - poeta
russo "suicidado" após a revolução de Lenin -
que escreveu ainda no início do século XX:
Um passeio com Maiakovisky
Na primeira noite
eles se aproximam
e colhem uma flor
de nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite,
já não se escondem :
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles,
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a lua, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz
da garganta.
E porque não dissemos nada,
já não podemos dizer nada.
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Tudo que os outros disseram foi depois de ler Maiakovisky.
Incrível é que após mais de cem anos dessa lição, ainda nos
encontremos tão desamparados, inermes, e submetidos aos
caprichos da ruína moral dos poderes governantes, que
vampirizam o erário, aniquilam as instituições, e deixam aos
cidadãos os ossos roídos e o direito ao silêncio:
"porque a palavra, há muito se tornou inútil".
E aí?...o que eu, você nós estamos fazendo?...
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