Refletindo hoje sobre as estrelas que um dia passaram pela minha vida!
Nem luto, Nem dramas... Só estrelas!
(Quando o Amor faz a dor ir embora...)
Ah, meu amigo!
Ninguém morre...
É só a vida que sorri em outro plano.
Os sentidos do corpo não registram quase nada.
Muito menos a totalidade do universo e seus desdobramentos.
Há coisas que não se vêem, só se sentem...
O Invisível é tão real quanto o visível.
Mas só o coração é que sabe disso.
Por isso, ele compreende o mistério...
Há canções que não se escutam com os ouvidos.
E toques que não são físicos.
Ah, quem é capaz de medir ou pesar um sentimento?
Muitos sentem saudades e vão aos cemitérios.
Mas há outros que olham para cima...
Porque sentem que o lar espiritual é o mesmo das estrelas.
Alguns olham fotos e choram, por um passado que não volta.
No entanto, outros olham para frente, e seguem...
Porque eles sentem algo a mais...
Ah, isso não se explica...
Porque é toque do Invisível no coração.
E faz olhar para cima, com os olhos brilhando.
Saudade não tem idade; nem nenhum espírito.
Sete palmos de terra não seguram o que é sutil.
Ah, a vida canta em tantos lugares...
E quem pode afirmar que só tem vida aqui?
O cadáver se dissolve no solo; a consciência, não.
O que é da Terra retorna para Ela; o que é das estrelas volta para elas...
A canção dos astros retumba por todas as esferas...
Mas só o coração escuta, e se encanta.
Porque, mesmo olhando para um túmulo, ele só vê estrelas.
Muitas vezes, a dor de uma perda faz tudo ficar sombrio.
Então, do Invisível descem toques sutis e amigos.
Que, de alguma maneira, sempre chegam a quem precisa.
Não são toques físicos, nem podem ser pesados ou medidos.
São como os sentimentos. Quem pode explicá-los?
Nas ondas do amor, desaparecem as tumbas, e só se vê estrelas.
E a dor se vai... E as flores ficam tão lindas.
E aí, não dá mais para colocá-las sobre uma tumba.
Dá vontade de oferecê-las para outro coração, pela vida.
Dá vontade de fazer algo bom, em homenagem a quem partiu.
E o luto se vai... Na vida, que sempre chama.
E isso não se explica, só se sente.
A vida pulsa em todos os planos...
E quem ama sabe disso.
Porque seu coração escuta o som das esferas.
Ah, meu caro!
Ninguém morre...
É só a vida que segue cantando, por aí...
Nada de tumbas ou dramas.
A vida é maior do que isso.
E sempre segue, na Terra, ou no Astral, e mais além...
P.S.:
Você queria uma mensagem espiritual.
Desculpe, mas não tenho nada aqui.
Porque eu não mando em nada, meu amigo.
Só escrevo o que sinto em meu coração.
E, muitas vezes, o Invisível me inspira nisso.
Não posso lhe provar nada (e nem quero).
No entanto, talvez você capte algo nessas linhas.
E, se assim for, sua dor irá embora.
Porque um Grande Amor ficará no lugar.
Então, finalmente você compreenderá...
Que há coisas que não se explicam, só se sentem.
E isso não está em meu poder, mas em você mesmo.
Oxalá você não veja mais túmulos tristes, mas, estrelas.
E que seus olhos sejam como dois sóis.
E que o Amor arrebate seu coração, meu amigo.
Om Mani Padme Hum!*
(Dedico esses escritos também para todos os que sofrem pela perda de alguém.
Eu gostaria de ir até vocês e abraçá-los, e dizer-lhes das presenças extrafísicas que vejo e que me pedem para escrever falando sobre a imortalidade da consciência; gostaria de estender o abraço delas até vocês, de alguma maneira; não para confortá-los de forma passiva ou doutrinária, mas, em nome da vida.
Ah, como eu gostaria de abraçá-los, de um a um, em nome de seus entes queridos que hoje vivem em outros planos. Contudo, não tenho esse poder e não mando em nada, só sei sentir e escrever. Nada posso provar, mas tem uma canção viajando por aí... E ela fala que as estrelas brilham muito mais no coração de quem ama.
Ah, o sábio grego Pitágoras estava certo. Ele sempre ensinou sobre a canção dos astros, retumbando de esfera em esfera...
E também o grande mestre Toth**, que, lá nas terras quentes do antigo Egito, ensinava para os iniciados que "o Inefável é invisível aos olhos da carne, mas é visível à inteligência e ao coração".
Oxalá os ensinamentos desses mestres da consciência calem fundo em seus corações, e que a dor de vocês vá embora... Na Luz do Todo, que está em tudo.)
Paz e Luz.
- Wagner Borges - cada vez mais, vendo estrelas... Com o coração.
São Paulo, 18 de dezembro de 2009.
- Notas:
* Om Mani Padme Hum - do sânscrito - sua tradução literal é: "Salve a jóia no lótus". Esse é um mantra de evocação do boddhisattva da compaixão entre os budistas tibetanos e chineses. Om é a vibração do TODO. Mani é a "Jóia espiritual que mora no coração"; ou seja, é o próprio Ser, a essência divina. Padme / Lótus é o chacra cardíaco que envolve, energeticamente, essa jóia sutil. Hum é a vibração dessa compaixão do TODO vertendo a luz pelo chacra cardíaco em favor de todos os seres.
Esse mantra é mais conhecido como o "mantra da compaixão". É um dos mantras mais poderosos que conheço. Pode ser concentrado, mentalmente, dentro do peito - como se a voz mental estivesse reverberando ali -, ou dentro de qualquer um dos chacras que a pessoa desejar ativar. No entanto, o melhor lugar para ele é realmente o chacra cardíaco, pois o que chega ali é distribuído para todo o corpo, pela circulação do sangue comandada pelo coração, e também a todos os outros chacras do corpo energético.
O chacra frontal, na testa, também é excelente para a prática desse mantra, pois o que chega nele é distribuído ao longo da coluna pelos nádis - condutos sutis de transporte energético pelo sistema -, e comunicado a todos os outros chacras abaixo dele. Esse é o motivo pelo qual vários mestres iogues sempre aconselham aos seus discípulos iniciar alguma prática bioenergética por ele.
Um livro excelente sobre isso é o do pesquisador iogue japonês Hiroshi Motoyama, "Teoria dos Chacras", pela Editora Pensamento.